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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cabanha Santa Edwiges é a maior Campeã do FREIO DE OURO!

CAMPEÃ FREIO DE OURO 1994

CAMPEÃ FREIO DE OURO 1996

CAMPEÃ FREIO DE OURO 1998

CAMPEÃ FREIO DE OURO 2005

CAMPEÃ FREIO DE OURO 2007

A paixão por cavalos acompanha o octogenário Daniel Anzanello desde a infância, quando era colono no interior de Veranópolis, no Rio Grande do Sul, e a vontade de montar era saciada apenas no lombo de mulas. Trocou a dureza da lida na roça por ofícios urbanos, mas o antigo entusiasmo não foi esquecido. Em Porto Alegre, vendeu bilhetes da loteria federal e, aos poucos, foi comprando ações de bancos, até amealhar capital que o permitiu adquirir uma propriedade em São Lourenço do Sul na virada das décadas de 1960/1970.

De volta ao convívio com o ambiente rural, presenteou com as primeiras éguas crioulas o filho José Antônio, que então completava 15 anos e até hoje, aos 49, o acompanha na administração das fazendas e da manada. Era a origem do criatório da Cabanha Santa Edwiges, a maior vencedora dos
30 anos do Freio de Ouro, seis vezes no lugar mais alto do pódio, sempre com animais nascidos em casa – seja identificados em nome do pai ou do filho no ranking da ABCCC. Para Daniel, não há segredo na fórmula do sucesso:

— É só fazer tudo simples e bem feito.

Uma originalidade da Santa Edwiges adotada como princípio foi não ter sangue Hornero na cavalhada. José Antônio explica que a postura teve somente o objetivo de se posicionar no mercado do crioulo como uma alternativa genética para a maioria da cabanhas, onde predominam descendentes da linhagem considerada a mais importante da raça.

— Achavam que éramos loucos, mas deu certo. É o nosso diferencial. Cavalo sem sangue Hornero com performance no Freio é basicamente aqui — observa José Antônio.

A equação do êxito da cabanha, no entanto, não se resume ao esmero na seleção genética e conta o talento de outra figura decisiva. Todas as vitórias tiveram Milton Castro nas rédeas das éguas vencedoras, o que o torna também o ginete com o maior número de títulos na competição.

— O Milton veio trabalhar com a gente pela segunda vez em 1993, depois de uma curta passagem entre 1989 e 1990, e no ano seguinte já conquistamos o primeiro freio — conta José Antônio, que nunca esquece de reconhecer o papel do colaborador no desempenho da cabanha, desde a escolha dos melhores animais ainda potrinhos, passando pela doma e o treinamento dos exemplares com potencial.

Além das escolhas genéticas e do treinamento, um detalhe pode fazer toda a diferença para qualquer criatório que busque resultados, assinala José Antônio. A paixão pelo cavalo, impulso para o início de toda cabanha, não pode preponderar quando o dever é sempre obter uma geração melhor do que a outra.

— Como o cavalo é apaixonante, não se pode deixar ser levado pela emoção no momento de tomar decisões — sentencia.

Na trajetória da Santa Edwiges no Freio chama a atenção o fato de todas as conquistas serem obtidas com fêmeas. A curiosidade é explicada pela estratégia comercial de vender os machos. Somente de uns anos para cá a cabanha se voltou a correr também com machos. Neste ano, por exemplo, vai à final com Feriado de Santa Edwiges, sob o comando do ginete Milton Castro.

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