LÍDER NO REGISTRO DE MÉRITO DA ABCCC
CAMPEÃO FREIO DE OURO 1983
CAMPEÃO FREIO DE OURO 1986
CAMPEÃO FREIO DE OURO 1987
CAMPEÃO FREIO DE OURO 1989
CAMPEÃO FREIO DE OURO 1992
CAMPEÃO FREIO DE OURO 1995
CAMPEÃO FREIO DE OURO 1994
CAMPEÃO FREIO DE OURO 1997
CAMPEÃO FREIO DE OURO 2003
CAMPEÃ FREIO DE OURO 2006
A conjugação de elegância e habilidades campeiras forjada na raça ao longo dos 30 anos do Freio de Ouro teve Flavio Bastos Tellechea como personagem central. Não por acaso, lidera o ranking de criadores em razão do número de animais gerados na Cabanha Paineiras e que foram vencedores da prova. Como reconhecimento ao legado, seus sucessores estarão entre os homenageados na cerimônia especial dos 30 anos do Freio, no primeiro domingo da Expointer. Oito vencedores nasceram no criatório, em Uruguaiana, o epicentro de uma revolução que tornou o afixo BT um sinônimo de cavalo crioulo no Rio Grande do Sul.
Morto em 1990, o veterinário especializado em zootecnia subverteu o panorama crioulista no Estado a partir de 1976, quando em parceria com o também criador Dirceu Pons adquiriu garanhão chileno La Invernada Hornero. Considerado o mais importante cavalo da história da raça no Brasil, Hornero deixou uma herança de ouro ao espalhar seu sangue de acentuadas qualidades funcionais pelas cabanhas gaúchas que, até então, privilegiavam a morfologia na seleção do crioulo. A herança genética colecionou trunfos. Quinze dos vencedores do Freio são seus filhos – sendo que, nos 10 primeiros anos de provas, foram oito primeiros lugares. O cartel faz de Hornero o líder disparado do Registro de Mérito da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), que combina as qualidades morfológicas e funcionais de cada animal e o desempenho de seus descendentes.
Mas, até comprovar como reprodutor as suas virtudes, a iniciativa foi reprovada pela maioria dos criadores da época, lembra Mariana Tellechea, filha de Flavio e administradora da Paineiras.
— O Hornero foi um cavalo que revolucionou porque era um animal funcional e bastante diferente do biotipo da época. Hoje, ele seria um cavalo atual. Mas na época foi muito polêmico — recorda Mariana.
Além do protagonismo como selecionador, o conhecimento e o gosto pelo trabalho de campo também levaram Flavio a ser chamado para julgar a Exposição Funcional de Jaguarão, a partir de 1978, considerada a base conceitual das provas que viriam integrar o Freio de Ouro.
A importância da família e da marca BT para lapidar o crioulo foi reconhecida pela ABCCC. Em 1983, a prova foi batizada com o nome de Roberto Bastos Tellechea, irmão de Flavio e seu parceiro como criador nos três primeiros filhos de Hornero que ganharam a competição. Em 1990, com a morte de Flavio, a homenagem foi estendida e a competição passou a se chamar Prova Roberto e Flavio Bastos Tellechea.
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